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terça-feira, 15 de novembro de 2011

Exoftalmia


Agente etiológico: Pode ter diferentes causas (ascite infecciosa, tuberculose , parasitas [Diplozoon , Gyrodactylus e Dactylogyrus] , fatores químicos [aquário mal equilibrado] e deficiências alimentares.
Fisiopatologia: É produzida por acúmulo de líquido no interior do olho ou cavidade ocular do peixe afetado. Este excesso de líquido produz edema do globo ocular com protusão do mesmo.
Tratamento: a) Não há tratamento específico
b) Banho de sal durante 36 horas
c) Colírios: Argirol a 5% e Cloranfenicol 5%
d) Baixar a temperatura da água diminui a pressão ocular.
e) Cloranfenicol 250 mg/20 litros de água.
f) Uso de condicionadores (Aquasafe) , trocas parciais de água e alimentação
adequada ajudam a prevenir a exoftalmia.


Girodactilose


Fisiopatologia: Verme cego de 0,5 a 0,8 mm de comprimento, que tem uma ventosa na boca e um gancho na cauda, pelo qual se fixa no peixe. Este vai ficando cada vez mais pálido, a pele produz mais mucosidade e com manchas ou pontos hemorrágicos também nas nadadeiras. Mesmo quando as guelras não são afetadas, há respiração acelerada. O peixe fica triste, cansado, com os movimentos cada vez mais lentos, permanece na superfície e morre.


Tratamento: a) Formalina 40% 2 ml/10 L de água em banho de 30 min (o parasita morre em menos de 20 min) .
b) Boa aeração durante o banho.
c) Azul de metileno 5% 1 gota /litro de água.
d) Sal comum 10 a 15 g / litro de água em banho de 20 min.

Ictiofonose


Agente etiológico: Ichthyophonus hoferi
Fisiologia: Transmite-se por esporos, através de alimentos contaminados. Esse germe se desenvolve no estômago e intestinos, sendo eliminados pelas fezes. Alguns perfuram a parede do intestino e são levados pelo sangue para diversos órgãos como o coração e fígado, onde ficam sob a forma de pequenos nódulos pardos ou pretos. Quando eles se rompem, os órgãos são atacados e o peixe morre. Ela só aparece quando o parasita é levado por alimentos, materiais ou peixes contaminados, mas as más condições da água facilitam sua difusão. Os peixes a transmitem uns aos outros através de feridas e abscessos ou pela ingestão de peixes mortos por ela.
No estômago, o quisto se rompe, soltando as larvas infestantes.
Os primeiros sintomas são difíceis de serem identificados pois são muito variados. Podem ocorrer perda de apetite, entorpecimento, exoftalmia e nadadeiras dobradas. O peixe fica escondido a maior parte do tempo. Apresenta instabilidade para nadar e movimentos estranhos. Fica no fundo, com a barriga inchada. Pele e escamas ficam como que vidradas. O peixe vira sobre o seu eixo e fica balançando.Formam-se às vezes, placas ou ulcerações na pele.Emagrecimento. Pele desbotada. As nadadeiras perdem pedaços. Boca sempre aberta. O doente às vezes só morre após 6 meses.

Tratamento: O peixe deve ser sacrificado. Não há cura.


Podridão das Nadadeiras




Agente etiológico: A colonização original geralmente é produzida por Pseudomonas fluorescens e Aeromonas liquefasciens , seguidas por Mycobacterium sp. e Myxobacterias do gênero Cytophaga columnaris e outras. Os tecidos necróticos servirão de meio de cultura para fungos dos gêneros Saprolegnia e Achyla que também favorecem a perda das mesmas.
Fisiopatologia: Quando a colonização destrói a nadadeira e se localiza no pedúnculo caudal, a doença se torna muito difícil de regredir ocorrendo invasão da corrente sanguínea e septicemia.
Tratamento: a) Oxitetraciclina (Terramicina) 500 mg/ 50 litros de água, renovando-se 1/3 da
água a cada 24 horas durante cinco dias.
b) Pincelar as nadadeiras com Iodo-Povidine ou com pomada de Neomicina
c) Aumentar a temperatura do aquário para 30ºC.

Chondrococcus (Limo dos peixes)


Agente etiológico: Chondrococcus columnaris
Fisiopatologia: Aparecimento no corpo de uma crosta aparentando limo ou mofo, por vezes atacando também a boca. Peixes habituados a água de temperatura relativamente baixa, quando transferidos para águas de temperatura mais alta são suscetíveis à doença. Além da formação de uma espécie de limo no corpo do peixe, manchas branco-azuladas se fazem presentes. Nesta fase a nadadeira caudal aparece carcomida, bem como as demais. O peixe perde seus movimentos, boqueja e morre ao cabo de alguns dias, se não for convenientemente tratado. Em algumas espécies há o aparecimento do anel hiperêmico( super abundância de sangue) na cauda e às vezes ao redor dos olhos. Os tremores característicos aparecem antes da doença estar em último estágio. A doença geralmente tem início numa ferida. Assim, peixes transportados ou colocados em recipientes pequenos e inadequados têm maiores probabilidades de adquirir a doença. Os que são retirados em redes ásperas, geralmente, apresentam feridas na boca e descamação no corpo, estando nestes casos sujeitos à doença.

Tratamento: a) Terramicina 500 mg /40-50 litros de água, em banho de 24 a 48 horas.
b)Tripaflavina 2 mg /25 L de água em banhos de 24 horas

Lepidortose


Agente etiológico: Vibrio angularis
Fisiopatologia: Ataca peixes tropicais. Causa perda de escamas por todo o corpo e mais no dorso, movimentos cada vez mais lentos, respiração acelerada e paralisação da cauda. O peixe fica na superfície, perdendo a noção de fuga e morre em mais de 80% dos casos, quando não há tratamento. Os peixes sadios são portadores. A transmissão é direta ou indireta, pela água contaminada. Dura de 3 a 4 semanas.


Tratamento: a) Aureomicina 50 mg/litro de água em banhos por 4 dias.
b) Cloromicetina 10 mg/litro de água.

Tripanoplasmose


Agente etiológico: Trypanoplasma sp.

Fisiopatologia: Estes protozoários parasitam o peixe através da corrente sanguínea do animal e são transmitidos de um peixe a outro pelas picadas das sanguessugas. O sintoma da doença no peixe é semelhante ao da “doença do sono” no homem. Os peixes atacados apresentam um estado letárgico, isto é, ficam sem movimentos, enfraquecem, apresentam anemia e olhos fundos. Ficam em posição oblíqua, apoiando a cabeça no fundo do aquário. Morrem de inanição.




Tratamento: Esta doença geralmente é incurável.
A profilaxia consiste em se evitar sanguessugas no aquário (geralmente trazidas por plantas).